terça-feira, 28 de dezembro de 2010

Visão futura .

Te perderei amado
Disso lamenta minha alma
Meu coração está angustiado
pois tua voz não mais me embala

Não mais te senti ou ouvi
Nem respirei o ar que foi teu
Difícil está caminhar por aqui
sem ganhar os abraços que sempre me deu

Já reparei que tu havias visto
minha facilidade em desistências
Perdão, porém não mais consigo
relevar tua ausência

Vai acabar e vai doer
muito em você e ainda mais em mim
Pode sangrar e até fazer morrer
Triste é, mas será assim...

Fique em silêncio, garota .

Assim se aquece a minha doce alma
que um dia fora tanto amarga
Entorpece-se então a minha frieza
desfazendo-se em abundante leveza

Transcede o equilibrio do bem ao mal
A cabeça suportando uma dor mortal
Carrego então meus anseios calada
Não quero regredir nessa minha jornada...

quinta-feira, 16 de dezembro de 2010

Redenção no castelo .

Castelo antigo, medieval
Grandioso e belo como um cristal
Em sua mais alta torre há uma garota de negro
que se encontra sob uma cama de lençóis vermelhos

Rodeada por preciosas pedras, ríspidas como espinhos,
sofre as dores resultantes dos erros de seu caminho
Traz em seu sorriso a mentira do fingimento
pois uma alma jamais divide-se entre calma e lamento

A garota havia preferido a beleza retraída
Escolheu a morte em lugar da vida
Quis o mal em vez do bem
Tornou-se dos seus pecados, refém

Desejou ser amada e ser por todos olhada
Praticou incertos rituais na madrugada
Conseguiu o que almejou, ao raiar da alvorada
todavia ao anoitecer foi escravizada

Aprisionada pelas algemas que ela mesma criou
ao receber em si o terror de enormes delícias
sabendo ela, em seu interior
que seus sonhos ruins não passavam de malícias

Em sua mente apenas existia um pensamento
"Minha morte trará o fim do sofrimento."
Não havia mais nenhum motivo para seguir
Dessa forma, porque não se auto-destruir?

[...]

Garota de negro sob uma cama de lençóis rubros
Sendo corroída pelo ácido do arrependimento
Garota de negro em meio aos barulhos noturnos
moída por iniquidades intermináveis vai sendo

Um pedido de perdão sai então daquela boca
que o nome do Senhor um dia tanto profanara
O temor manifestou-se de forma que ela chamou-se louca
por não ter ouvido Aquele que cura toda chaga

Desde os céus o amor falou mais alto
E então todo laço maligno foi desatado
Retirada foi toda maldição
E as algemas se partiram ao chão

[...]

Jesus Cristo é quem pode tirar de você a dor,
transformar tua mágoa em doce sorte
Jesus Cristo é quem pode salvar você
até mesmo quando a unica solução parece ser a morte...

quinta-feira, 9 de dezembro de 2010

Relato de uma menina velha .

O espelho me pergunta quem é que se reflete nele,
e eu me perco nas palavras, como uma poetisa inexperiente.
Não! Em mim não pode haver sinais dessas pragas pestilentas,
dessas potestades invisiveis,dessas sanguessugas violentas,
destas pessoas terriveis...
Mãos tremulas acendem as velas de um castiçal antigo,
enferrujado pelo mesmo tempo que enrugou
as margens do olhar surrado que trago.
Suor forjado escorre minha face,
a molha de tal forma que até a maquiagem se aborrece.
Sangue inocente queima minhas mãos,
arde tanto que nem a morte faria cessar essa agonia.
Me debruço sobre a penteadeira,
e as flores artificiais que a enfeitam cobram de mim
a naturalidade que meu rubor deveria ter.
Suspendo a janela do quarto,
e um rouxinol me surpreende com seu belo canto.
Olhando-o fixo, me distraio.
E assim, sorrio disfarçadamente.

segunda-feira, 22 de novembro de 2010

Espera .

E quando a ansiedade invade
todos teus internos lares,
o que fazes pra sarar a agonia?
E quando o breu toca tua mente,
desperta teu inconsciente
e te faz trocar a noite pelo dia?

Como farei para arrancar
do peito a nebulosa dor
de não saber onde pôr os pés?
Como eu farei para me livrar do amanhã,
dos pensamentos futuros,
dos medos cruéis?


Me dói esperar que as promessas se cumpram, mas sei que confiar em Deus é melhor do que confiar nos principes...

domingo, 14 de novembro de 2010

Eu .

Eu sou a lamúria do teu amor
Eu sou a perfeição da tua calma
Eu sou aquela que caminha e ri, fria, sobre a tua alma

Eu sou o comprimento dos teus cabelos
Eu sou a lágrima que cai do teu olhar
Eu sou teu riso, sou teu semblante de sono, ao acordar

Eu sou tua felicidade futuraEu sou a verdade do teu sorrisoEu sou os teus medos passados, eu sou teu paraíso

Eu sou o grito em tua mente
Eu sou o silêncio - a tensão do teu espírito
Eu sou o desfalecimento - o motivo do teu vício

Quem seria eu, senão o veneno que te entorpece, e que te enlouquece cada dia mais? Quem seria eu, senão a aflição transfigurada em anjo, que sai de sua presença e leva consigo a paz?

Não deixe que as sombras noturnas pousem sobre a sua cabeça. Elas possuem garras e presas, e poderão tentar matar você.

segunda-feira, 8 de novembro de 2010

Afasta-te, ó morte .


Quando a noite traz a lua como sintilante
E o sol se esconde por detrás das nuvens distantes
O que se pode fazer?
Como deveríamos nós, enfrentar o anoitecer?

Não te transforme em carne putrefa, ó meu amado
Não tire de ti a vida que lhe foi dada
Somente peço a Deus que Ele arranque-te deste estado
pois dificil seria eu levantar-te estando desacordada

Em poucas palavras, aqui descrevo meu sentimento
porque na verdade eis que nada bem estou
Aquelas belas flores foram levadas pelo vento
e um vendaval de incertezas em minha respiração se infiltrou...


Sem mais por hoje.

domingo, 7 de novembro de 2010

Criança interior .


Atuação dramática, drástica
Personagens... Ficção ou realidade?
Cena sádica, trágica
Amor... Mentira ou verdade?

Recém-nascido crescendo em meio à mansão
repleto de insultos extremos e humilhantes
Amamentado de desprezo jogado no chão
engasgado em seu próprio choro por instantes

Em vez de banhos mornos recebeu queimaduras
Em vez de amor sentiu a ponta de um cigarro
O que melhor seria: Um abraço ou uma surra?
O que sua mãe preferiria: Um bebê ou um carro?

Criança que geme, sofre e não ri
Criança aflita, chorosa, aqui
Dentro de mim, dentro de ti
Um recém nascido sem sorte,
abandonado, sozinho, refém da morte

Não chore pequeno anjo, deixe que eu tape seus ouvidos
Não ouça esse grito rasgado que saí de minh'alma
Esta manhã foi despertado aquele maldito egoísmo
em forma de mãe sem sentimentos, sem nenhuma calma,
trazendo em mãos espadas cortantes,
estando louca e a gritar,
revoltando-se com sua própria dor incessante
,
querendo à criança sem defesa matar

Queima-la com o fogo de um trauma passado
Afoga-la na mágoa, deixando-a agonizar sozinha
numa noite fria de novembro, num sábado,
onde não se ouvia cantos de passarinho nas vinhas
Desejando deixar em seu rosto angelical
marcas de sua loucura
Cicatrizes que iriam representar
o cume de uma trágica tortura

Dores escondidas e ânsia revelada
Vistas no futuro da criança maltratada
A mãe ainda consegue a deixar calada
com seu extremo cuidado de mãe desnaturada

Amor e ódio sempre guerreando,
lutando dentro d'uma alma abatida
Carência e maldade, ambas se rebelando
trazendo à memória a bipolaridade de uma vida

Vida com fases demarcadas
Marcadas por grandes feridas,
por um recém-nascido que nunca crescia,
Por cicatrizes, vozes roucas, nada líricas,
e por um egoísmo desgraçado
constante em plena luz do dia

[...]

Não deixe suas ânsias ácidas matarem
e desgastarem a sua criança interior
Não deixe suas chamas sucumbirem
e queimarem o que resta do seu amor

Deixe sua criança livre, voando dentro de você.
Deixe-a viver.
Deixe-a viver.


domingo, 17 de outubro de 2010

Nunca pensei que poderia ser assim .


Não me importo com quem sou. Mas tu, quem serias?
Um amor? Um ator? Uma junção de fantasias?
Minha dor? Meu fervor? A soma de minhas poesias?

De onde vens este sopro tão gélido?
E estas mãos grossas e mornas, d'onde vieram?
Porque tuas palavras em mim habitam?
E porque criaram tamanho elo?

Encosto minha cabeça em teus ombros
enquanto cuidas de me fazer sorrir
No espelho vejo olhos tão brilhantes
que envergonho-me de tentar te iludir....

É tão quente tua alma
que de senti-la, o meu espirito se aquece
É tão forte esse nosso amor
que só de vê-lo, a angústia estremece

... Jet'aime ...

sexta-feira, 15 de outubro de 2010

Nada mais .

Eu me lembro daqueles dias em que tudo parecia perfeito.
Eu me lembro de quando um abraço era suficiente para que eu entrasse em êxtase.
Mas e hoje? O que há? O que há?
Meu Deus, o que está acontecendo agora?
Não posso deixar tudo acabar assim. Não posso esquecer... Não! Não posso!
Sentimento, não corra de mim! Não fuja! Por favor... Por favor... Já não aguento mais essa agonia...

" Pois nada dura para sempre, nem mesmo a fria chuva de novembro... "


quinta-feira, 14 de outubro de 2010

Retórica .


Lastimo o que nem mais sinto.
Grito rouca mesmo com perfeita voz.
Choro, mas nenhuma lágrima sai de mim.

Lúcida me encontro, ou não?
Desgraçada confusão!

Meus olhos se elevam enquanto minha alma rasteja.
Será este o fim?

Preciso respirar. Me deixem respirar.

domingo, 12 de setembro de 2010

Eu conheço você .

Tu te contorces de medo
olhando por entre os dedos
e vendo seu próprio fim
Porque chegou o dia em que
sua mente se afastou de mim
Com olhos fechados pesadelos surgem
repletos de trevas e sangue

No teu quarto tu se escondes
E começa a se desesperar
Te arranhas com tamanha força
que a carne viva toca o ar
Tu gritas e sofre
Sofre por não acreditar
que tudo pode se equilibrar
Crê que não há mais perdão
Crê que aquela tal de fé
sempre será em vão

Existe ódio no teu amor
Existe mentira na tua verdade
Existe maquiagem na tua cor
Existe a derrota na tua vaidade

Digo-te que repenses na vida
que troque as flores do vaso
que entregue a mim tuas feridas
para que sejais curado
Pois te conheço mais que tu mesmo
e por ti carrego um extremo amor
Quem te fala é aquele homem
que morreu e ressucitou
Quem te fala é Jesus Cristo
único Senhor e Salvador

Vem, abraça-me e deixe-me te abraçar.
Garanto que te sentirás tão leve
que será capaz de voar.


quarta-feira, 25 de agosto de 2010

Cremação .

Ó carne perversa
Ó guerreira dos prazeres
Desamparar-te-ia se possivel fosse
Desgosto e apenas desgosto
Só ressentimentos tu me trouxe

O sol absorveu minha cor
Pálida sigo ao meio-dia
Na beleza não mais reparo
pois fui tomada pela agonia
Caminho murcha pela calçada
por todos sendo olhada
E nem vergonha deles sinto
pois meu intimo está sob neblina densa
Somente repensa...
Somente repensa...

As nuvens brancas
vão se separando
vão me deixando
E sobre mim, eu observo
que está um céu azul claro
digno de um dia ensolarado
digno de um sorriso tão calmo
quanto o olhar do cão abandonado
que me olha no outro lado da rua

Nada serve por enquanto
Longe estou de Deus
Nada é bom assim
Devagar eu sigo calada
recusando tudo que chega a mim
Meus erros atropelaram-me
Meus próprios desejos esmagaram-me
Debaixo do grilhão triturador do Mal
minhas vontades extremas jogaram-me

Onde está agora minha cabeça?
E minhas mãos, onde estão?
Meu corpo foi multilado
e queimado numa grande procissão
Não encontro mais meus membros
Vejo uma grande distorção
enquanto o incenso das minhas cinzas sobem...

Amarga restou minha alma
Suas ânsias não foram queimadas
Queria fazer surgir uma porta
Uma chave, talvez
Quero sair daqui, desse lixo
que criei usando meus próprios meios...

Esvai-se desvairada minha vida
voando como borboletas pequenas e negras
Meu rosto desenha uma expressão neutra
sem sorrisos ou lágrimas
Morrendo em vida, nada sou
Morta em vida, nada serei


Vim do pó e a Ele tornarei.

domingo, 22 de agosto de 2010

Versos simplórios e intensos .

Dias tão nublados, tão sem vida.
Pessoas tão chatas, tão ruins.
Espelho tão verdadeiro, tão bobo.
Eu tão estranho, tão incerto.
Vícios tão malditos, tão insanos.
Mundo tão estranho, todo errado...

Horas tão certas, tão fúteis
Neblina tão densa, tão fria
Mais uma manhã vazia
Olhos tão perdidos, tão tristes
Chão tão fundo, tão profundo
Vento tão estranho, sem direção...

Flores tão lindas, tão mortas
Céu tão azul, tão escuro
Sorriso tão amplo, tão falso
Destinos tão feios, tão distantes
Demônios tão perto, tão mentirosos
Amores tão estranhos, nada normal...

Palavras tão violentas, tão sutis
Ilusão tão real, tão sem vida
A máscara esconde a cicatriz daquela ferida
Momento tão esperado, tão longe
Chuva tão limpa, lagrimas tão pesadas
Sentimento tão forte, sangro e é natural

Mudança repentina, tão correta
Cores surgindo, tão fortes
Perdão surrado, tão velho e tão novo
Coração tão negro, tão sofrido
Ser humano tão louco, tão desvairado
tentando aprender a viver novamente
num jardim repleto de rosas com espinhos...

Poema criado por Lemonah e C. J. do Blog Melancolia Psicodelica ...
( http://www.melancoliapsicodelica.blogspot.com )

domingo, 8 de agosto de 2010

Tão comum .


Um dia, por dor, um homem chorou
pois com grande força foi pisado,
porém na soberba adentrou
e deixou-se cair envenenado

Agora se maqueia de mentira
vestindo-se com roupas de escândalo
Geme, sorri, deleita e devora
sua própria carne num ritual vândalo

Seria isso força? Ou pura fraqueza?
Seria descaso? Ou por acaso, destreza?
E se nada disso for, que seria então?
Talvez morte do espírito, do coração

No escuro abraça-se ao travesseiro
e vê a
escuridão como principal abrigo
Derrama traumas embaixo do chuveiro
por não ter seu próprio perdão consigo

Congela e mata suas emoções
dizendo que não importa ser feliz
Mas nos seus sonhos de criança
essa frieza maldita nunca quis

Destrói os outros e os ilude
pisa neles e com palavras chicoteia
Aplica forte injeção de maltrato
pois por instinto, os odeia

E no fim, esse homem se vê
como todos que o maltrataram
Sujo, hipócrita e egoísta,
apenas mais um retardado

Quem estenderá a mão?
Quem o tirará do poço?
Quem superaria o rancor
de uma alma repleta de desgosto?

E quem mais tiraria
os pregos da carne humana?
Quem poderia resgatar a fé
sem pudor nem drama?

Para a resposta não há mistérios
É preciso apenas querer a Luz
Não se pode levar o ego tão a sério
porque o rancor não supera a crucificação de Jesus.

terça-feira, 20 de julho de 2010

Não aguento mais .


Eu vejo tantos sorrisos tão patéticos que vomitar anseio. São desejos de auto-libertação falsos que prendem os alvos sem ação. São mentiras contadas com ar de verdade. São gritos que trazem meu silencio.
Parece normal rir da desgraça alheia... Quem poderia dizer que não, se isso é o que todos fazem? Quem poderia protestar comigo, se todos aceitam o escárnio?
Eu vejo rostos bonitos, emoldurados por cabelos charmosos. Vejo corpos diluindo-se em plena destreza sensual. Vejo olhos atentos aos acontecimentos estrondosos. Vejo mentes esmagadas, atrofiadas por ídolos que tomam espaço em excesso nas cadeias cerebrais. Vejo ouvidos sedentos por músicas simplórias juntamente com elogios extasiados.
Eu não sei, talvez esteja louca como dizem.
Apenas não me enquandro nesse atual museu de velharias ideológicas, pelo menos, não mais.

Sinto nojo.

quarta-feira, 7 de julho de 2010

Um amor... Uma rosa...


As pessoas vêem as rosas nos jardins e as arrancam porque simplesmente se encantaram com a beleza delas, e se esquecem de que essas rosas também tem espinhos...
E quando os espinhos machucam os dedos de quem as pega, essas pessoas irritam e jogam as rosas fora... Não botam de volta de onde arrancaram... Tiram seu ar, seu oxigênio, sua vida...
Mas sempre vai existir alguém que vai ver aquela rosa jogada ao relento e vai sentir amor por ela, vai cuida-la, vai rega-la, e a beleza dela vai voltar com o tempo...
É preciso ter paciencia com os espinhos.

Créditos: Iacobe [ http://divinalucidez.blogspot.com ]

Biografia .


Uma vida de amor que se tornou vazia e repleta de desilusões. Um amargo na garganta tão forte que impede a fala. O ódio corroeu o coração e as duvidas tomaram conta do caminho.
Deus não fez ninguém infeliz. Nós nos fazemos infelizes. E eu bem sei o que é ser infeliz, o que é ser menosprezada, ridicularizada e pisada.
O ponto de tortura era tão elevado que nem vicios preenchiam o vazio.
Um dia eu dei ouvidos a algumas palavras e tudo fez sentido.
Minha conversão eliminou as minhas dores rapidamente e agora eu sei que não estou sozinha.
Só te digo que não é o fim, que é o começo. Estamos no meio de monstros e lutando com eles, nos tornamos miseraveis monstros também.
Você é o que você é quando está sozinho. Imagino você sorrindo por ai, brincando, e depois te imagino em meio as palavras, derramando lágrimas sobre o travesseiro, chorando as tragédias de uma vida atormentada pela mágoa e por um passado ruim. A sua solidão é um refúgio e sua "psicopatia" é a resposta das injúrias que fizeram contra você.

Páre de se perder, olhe pro alto. Você verá que faz mais sentido do que pensa...

terça-feira, 6 de julho de 2010

sexta-feira, 25 de junho de 2010

Je t'aime et votre présence est mon oxygène .

Peço perdão por não ser otimista, por não ser tão forte quanto pareço ser.
Peço perdão por ter te mostrado o outro lado da moeda, por ter mostrado a minha face amedrontada.
Peço perdão por te amar e ficar triste longe de você, achar que cada segundo sem ti é um passo atrás que eu dou.
Era tudo tão escasso em mim. Nunca tinha sentido nada igual. Agora não consigo controlar.
Meu Deus! Parece utopia!
Eu queria transferir alegria pra você, mas hoje eu só fiz encostar a cabeça no seu ombro e dizer que sentia medo.
Me perdoa...

quinta-feira, 24 de junho de 2010

O mais nobre sentimento .

Ela diz a ele:

Sei que se teu corpo foge de minhas mãos sedentas e frias, ainda me resta sua alma... límpida e quente, disposta a aquecer-me em meio à angústia desiludida que me persegue.
Ah amado! Ficarei com você sim.
Caminhe dentro de mim e verás teu rosto por toda a parte e em todos os lados do meu interior. Ouvirás a sua voz ecoando nas batidas do meu pequeno coração.
Beije minha mão, e olhe nos meus olhos. Sinta a força do olhar de uma criança forçada a crescer...
Me ame e compreenda a intensidade de um amor nascido na glória de Deus.
É o que peço: Me ame.


Ele diz a ela:

Vamos dançar minha amada cintilante
Dance comigo essa linda valsa
Me dê as suas mãos, não tenhas medo
Faça de meus sonhos o seu refugio
Caminhe comigo sob a primavera
Neste jardim de rosas vermelhas
tão vermelhas quanto os seus cabelos
Deixe me contemplar o mundo através dos teus olhos
Deixe- me habitar no palacio dos teus sonhos
onde o amor reinará acima de todas as coisas
sem medo, sem dor e sem rancor
Apenas dance minha amada cintilante
como se não houvesse amanhã...

quarta-feira, 23 de junho de 2010

E agora ?


Querem devorar minha carne
Saciar-se em meu sangue
São lobos famintos
São malditas pragas do inferno!

Eles chegam até mim
e me enganam
Apontam uma foice negra
e a enfiam nas minhas costas
pouco a pouco

Não vou me entregar
Só queria forças pra lutar
Sei que sozinha não estou
Mas na fraqueza para onde vou?
Grito e chamo a Luz
Grito e choro pela Luz

Ouço um vago eco.

Já não quero nem mais olhar pra cima, errei e sinto-me fraca.
Minha cabeça dói.
Meus membros se distendem.
É hora de trocar o travesseiro. Este já não mais serve por hoje. Está encharcado de lágrimas.

segunda-feira, 21 de junho de 2010

Sophia .

Sophia estava sob uma cama de maldições, em meio a uma floresta de trevas.
Havia uma rosa vermelha nas suas mãos
e espinhos perfuravam seus pálidos dedos.
Lágrimas quentes rolavam sobre um rosto gélido.
Ela esperava a morte, sentada em sua cama-lápide, porque suas dores a corroiam, e nenhuma palavra a confortava mais.
O coração dela estava sendo atravessado por uma faca afiada, que havia sido lançada pelas pessoas mais amadas, aquelas pessoas, as quais aquela garota mais queria por perto...
E após tantas desilusões, Sophia chegou a
conclusão de que o amor era apenas um refúgio para os fracos.

Mal sabia ela que a sua facilidade em esconder a tristeza da alma, era somente uma caracteristica de quem tinha medo de ser machucado novamente. Ela era fraca sim.
Pobre Sophia, nimguém tinha dito a ela que suas lágrimas eram repletas de inocencia, mesmo que parecessem ser de origem maldita. Ninguém tinha dito a ela que os que queriam derruba-la, um dia pediriam desculpas por suas infantilidades.
Ela não conhecia verdadeiramente a Deus, e mesmo assim não O renegava, porque quando olhava para o céu, sentia o abraço das nuvens e ao mesmo tempo, um carinho parecido com o de um Pai para com o filho entrava dentro dela através da sua respiração irregular.

Seus amigos a repudiaram, a xingaram, riam do seu rosto, do seu corpo e do seu jeito; mas o Pai sempre a amou, mesmo quando ela nem sabia que Ele poderia existir.
E quando ela O conheceu, não o viu como um brinquedo, ela o teve como seu Acolhedor, Primeiro Amor, seu Deus e Salvador.

Pela primeira vez, ela não sentiu ódio...

Ela apenas amou.
Amou sem nem saber o que era amar.
Ela apenas amou.



segunda-feira, 7 de junho de 2010

Luz em meio a trevas .


Nos sombrios caminhos do mundo
vi resplandecer uma luz no céu fechado

Na escuridão de uma vida destruida

a verdade liberta um coração amargurado


Na densa floresta do medo
a semente da misericordia foi plantada

caminhando pela estrada encontrei

uma bela rosa desabrochada

linda era - perfeita crescia

Oh Senhor! Na formosa rosa eu via

a beleza do teu amor germinado

Tão sublime estava ali - a perfeição

Numa caverna putrefa de pecado

Se fizeste tamanho milagre, ó Pai

Porque não mudaria meu estado?


És o Deus do Impossivel...

sábado, 8 de maio de 2010

Interior .

Dia
Dia claro de sujeira, ódio, medo
Mundo perverso, mundo cão
Cadê o sol? Já é cedo
E ele ainda não veio

Luz? Onde está a luz?
Alguém me mostre por favor
Eu não a vejo
Estou com os olhos abertos
E mesmo assim não enxergo

E se eu fechasse os olhos?

Palpebras coladas
Que é isso que sinto?
Que é isso que vejo?
Alguém pode me dizer
que ponto vermelho é esse?

É um pequeno coração
na escuridão destes pequenos olhos
fechados e sem horizonte
É a chama que está no oculto
E que foi libertada pela fé
Pela magia da verdade
Pela beleza do que não se vê
Sem zipar a razão

Sonhe com seu interior gritando
por um pouco de esperança
Sonhe com o amor se originando
na vida de uma criança
Viva e veja as nuvens sorrindo
enquanto o passaro canta.


quarta-feira, 14 de abril de 2010

Don't cry .


Não chore anjo.
Limpe esse rosto agora.
Você não precisa chorar mais.
Tudo vai terminar bem, não vai?
Inspire.
Expire.
Rasgue essa tristeza que te deseja.
Rasgue essa dor que tanto te almeja.

Afinal, não O tens dentro de ti?
Ele te ama, não ama?

Não chore anjo.
Limpe esse rosto agora.
Você não precisa chorar mais.

Libertação .

Caminhe dentro de si próprio, olhe para seu interior.
Queime as lembranças
e tudo o que não vai te fazer bem.
Não seria essa uma nova vida?

Liberta-te das correntes que te prendem ao sofrimento e a solidão,
das palavras repetitivas que de tão repetidas já se tornaram fardos a teus ouvidos.
Liberta-te dos sentimentos pesados que sobrecarregam tuas costas de dor.
Liberta-te desse medo, dessas máscaras, da tristeza que nasce ao anoitecer, e do ódio que te assola pela manhã.
Liberta-te dos pecados que cometeu, das injúrias que te contaram, e de toda sujeira que impede teus olhos de brilharem.

Não seria essa uma nova vida?

Liberta-te.

Intenso .

Perto.
Distante.

Amada.

Amado.
Amantes?

Mãos entrelaçadas.

Um coração ofegante.

Carinhos.
Ambos sozinhos.

Juntos num instante.

Sem intrigas.

Sem mentiras.

Sem disfarces.


Amor?

Amor.

Amizade?
Amizade.


Sorrisos.

Abraços.

Intensidade.