domingo, 29 de maio de 2011

Resposta ilícita .

Se tua maior alegria é ver o sol
e soprar aos ventos a tua paz
Contento-me com a lua. E só.
Nem c'as estrelas me importo mais

Invejo teus olhos que contemplam os céus
ao simples abrir de janelas
Pois a janela que tenho é coberta de véus
e não enxergo nada por detrás dela

Ouço, então, a melodia monótona
das vozes que invadem as linhas
Amparo orquestas monocórdicas
das insolentes memórias minhas

[...]

Quando passáros cantarem, e tu os ouvir
não ria desta notável amargura
Onde estão motivos para sorrir
se o nosso fim é a sepultura?
Porque alimentar-nos do existir?
Para resfriar-nos na cova dura?

sábado, 28 de maio de 2011

Consequência .

Fui os sonhos que fizeram-me alegre.
Fui as lágrimas que tornaram-me triste.
Sou o monstro que me espanta e
além de mim, nenhum outro existe.


Aqui jaz um espectro de pouca luz,
que vaga solitário e aflito sob terras assoladas,
assim como vaga Uriel, o anjo da morte,
no corações dos homens.