terça-feira, 20 de dezembro de 2011

Grande .

Não aguardo a velhice de muito bom grado.
Mas a deixarei vir para que ilumine a cor
dos meus cabelos num branco-alvo de nuvem.
Assim como não pedi o tempo,
nem infância nem nascimento,
não peço a velhice.
Apenas deixo.
Deixo o dia ir e vir. O sol nasce e se põe.
E assisto todo o espetáculo dos céus.
Sem tantos ápices, sem inquietações.
Assim serei? Não, acho que não sei.
Enfim, até lá... viverei.

sábado, 3 de dezembro de 2011

Lírico .

Como quem morre de hipotermia em um mar gelado a meia-noite, teu carinho está a falecer mergulhado entre as espumas ensanguentadas que embalam, veementes, o pulsar do meu coração. E cada segundo que passa, é uma lembrança esquecida e um açoite em meu romantismo piegas. Deixarei teu beijo ser sucumbido por minha natureza, da mesma maneira que seus desejos sucumbiram o que me restava de ingênuo.
Lanço-te no mar do meu esquecimento. Adeus...