terça-feira, 3 de dezembro de 2013

NA TUA PELE .

A insônia viu meu retrato
toda noite, nesse quarto
de janelas fechadas
(Foi a testemunha
das lágrimas 
que derramei)

Te acarinhei, sonolento,
Recebi espinhos, injúrias
Busquei nas madrugadas
tua voz, tuas palavras,
mas nada! Nada ouvi...

Vejo as cortinas esquálidas,
Dia escuro, sol esvaecido
O choro é sujo, não lava
meu espírito entristecido

Lembranças me mataram
mas estou vivo, talvez forte
Sofri, e vi teu sorriso
em meus sonhos...
Perguntei: Quem és tu?
A morte? Maldita! Maldita!
Tuas perfídias
envenenaram-me!

Ouço um eco, uma voz feminina, que diz:
" Sou quem não escolhe quem ama
e quem se salvou da lama
nas mãos de um condenado..."

Escrito em 20/11/2013