segunda-feira, 21 de junho de 2010

Sophia .

Sophia estava sob uma cama de maldições, em meio a uma floresta de trevas.
Havia uma rosa vermelha nas suas mãos
e espinhos perfuravam seus pálidos dedos.
Lágrimas quentes rolavam sobre um rosto gélido.
Ela esperava a morte, sentada em sua cama-lápide, porque suas dores a corroiam, e nenhuma palavra a confortava mais.
O coração dela estava sendo atravessado por uma faca afiada, que havia sido lançada pelas pessoas mais amadas, aquelas pessoas, as quais aquela garota mais queria por perto...
E após tantas desilusões, Sophia chegou a
conclusão de que o amor era apenas um refúgio para os fracos.

Mal sabia ela que a sua facilidade em esconder a tristeza da alma, era somente uma caracteristica de quem tinha medo de ser machucado novamente. Ela era fraca sim.
Pobre Sophia, nimguém tinha dito a ela que suas lágrimas eram repletas de inocencia, mesmo que parecessem ser de origem maldita. Ninguém tinha dito a ela que os que queriam derruba-la, um dia pediriam desculpas por suas infantilidades.
Ela não conhecia verdadeiramente a Deus, e mesmo assim não O renegava, porque quando olhava para o céu, sentia o abraço das nuvens e ao mesmo tempo, um carinho parecido com o de um Pai para com o filho entrava dentro dela através da sua respiração irregular.

Seus amigos a repudiaram, a xingaram, riam do seu rosto, do seu corpo e do seu jeito; mas o Pai sempre a amou, mesmo quando ela nem sabia que Ele poderia existir.
E quando ela O conheceu, não o viu como um brinquedo, ela o teve como seu Acolhedor, Primeiro Amor, seu Deus e Salvador.

Pela primeira vez, ela não sentiu ódio...

Ela apenas amou.
Amou sem nem saber o que era amar.
Ela apenas amou.



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