segunda-feira, 10 de junho de 2013

Son(h)o .

A Consciência se acende
enquanto a luz se apaga
O inquieto ser pressente
o triunfar das graças

O "acordar" só concerne
os atos impulsivos,
a satisfação da pele,
os pecados cometidos
Mas as noites, inertes,
atacam os sentidos

Tão fortes os remédios
que logo surtem efeito
Hipocondria, ímpeto
Ingiro comprimidos, deito

Durmo por algumas horas
Dentes rangem - bruxismo!
E um espírito mau assola
o meu corpo, em um atrito

Ouço meus poetas prediletos
a recitarem belas poesias
O sono é o portal secreto
d'uma santa esquizofrenia

"Eu amo a Noite que este Sol arranca!"

Eu amo a velhice que em mim habita
Pesadelos tidos na infância
deixavam-me c'alma aflita,
Mas hoje, as minhas ânsias
são se resumem na aliança
entre sonhos e noites vivas!

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