Ajoelho-me aos pés
do altar dos pecados
sem notar o viés
das consequências de atos
que instigam minha carne
Me vejo, em sobressalto,
numa sequência de imagens
Encarcerada em Sodoma
por vontade própria
Nenhum chicote me doma
Nenhum sermão me exorta
Meus valores? Em coma!
Enquanto o receio mofa
no meu sótão mental
Transgrido a repressão
celebrando a erupção
da feminina lava sensual
que escorre nas coxas
Rejeito, atemporal,
a hipocrisia amorfa
idealizada nos séculos
Não sou mulher vitimada
Não subestimo meu sexo
Sigo uma vida não casta
com outros mil adeptos
Vou na frente de todos
e abro trilhas com meu corpo
totalmente descoberto!
Muito lindo seu poema.
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