A cabeça já começa a doer e me pergunto por que os remédios não fazem mais efeito... A chuva caindo lá fora, meus olhos secos aqui dentro, os pássaros buscando um refúgio pra escaparem do frio e eu presa em meu próprio quarto, sem ter condições de fugir do frio da minha lentidão e da minha concepção monótona de que a satisfação é melhor alcançada quando se aprende mais sobre história e filosofia.
Por vezes, sinto o tímido desejo de mudar minha forma de enxergar o mundo, de sair mais, de reavivar a cor dos meus olhos baixos e semicerrados. Assim, vai surgindo em minha mente uma agonia tão insana e um desespero tão repreendido que até o ânimo de escrever me foge e as palavras me parecem tão escorregadias que se torna impossível tê-las como aliadas. Realmente estou só. Acho melhor tomar mais uns comprimidos e tentar dormir, antes que meu coração palpite mais forte e que a sudorese invada o meu corpo. Prefiro o risco de não ter sonhos durante o sono, do que estar acordada e acreditar viver um pesadelo, no qual as minhas escolhas me esfaqueiam a cada segundo que se passa.
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