
e soprar aos ventos a tua paz
Contento-me com a lua. E só.
Nem c'as estrelas me importo mais
Invejo teus olhos que contemplam os céus
ao simples abrir de janelas
Pois a janela que tenho é coberta de véus
e não enxergo nada por detrás dela
Ouço, então, a melodia monótona
das vozes que invadem as linhas
Amparo orquestas monocórdicas
das insolentes memórias minhas
[...]
Quando passáros cantarem, e tu os ouvir
não ria desta notável amargura
Onde estão motivos para sorrir
se o nosso fim é a sepultura?
Porque alimentar-nos do existir?
Para resfriar-nos na cova dura?