Ó carne perversa
Ó guerreira dos prazeres
Desamparar-te-ia se possivel fosse
Desgosto e apenas desgosto
Só ressentimentos tu me trouxe
O sol absorveu minha cor
Pálida sigo ao meio-dia
Na beleza não mais reparo
pois fui tomada pela agonia
Caminho murcha pela calçada
por todos sendo olhada
E nem vergonha deles sinto
pois meu intimo está sob neblina densa
Somente repensa...
Somente repensa...
As nuvens brancas
vão se separando
vão me deixando
E sobre mim, eu observo
que está um céu azul claro
digno de um dia ensolarado
digno de um sorriso tão calmo
quanto o olhar do cão abandonado
que me olha no outro lado da rua
Nada serve por enquanto
Longe estou de Deus
Nada é bom assim
Devagar eu sigo calada
recusando tudo que chega a mim
Meus erros atropelaram-me
Meus próprios desejos esmagaram-me
Debaixo do grilhão triturador do Mal
minhas vontades extremas jogaram-me
Onde está agora minha cabeça?
E minhas mãos, onde estão?
Meu corpo foi multilado
e queimado numa grande procissão
Não encontro mais meus membros
Vejo uma grande distorção
enquanto o incenso das minhas cinzas sobem...
Amarga restou minha alma
Suas ânsias não foram queimadas
Queria fazer surgir uma porta
Uma chave, talvez
Quero sair daqui, desse lixo
que criei usando meus próprios meios...
Esvai-se desvairada minha vida
voando como borboletas pequenas e negras
Meu rosto desenha uma expressão neutra
sem sorrisos ou lágrimas
Morrendo em vida, nada sou
Morta em vida, nada serei
Ó guerreira dos prazeres
Desamparar-te-ia se possivel fosse
Desgosto e apenas desgosto
Só ressentimentos tu me trouxe
O sol absorveu minha cor
Pálida sigo ao meio-dia
Na beleza não mais reparo
pois fui tomada pela agonia
Caminho murcha pela calçada
por todos sendo olhada
E nem vergonha deles sinto
pois meu intimo está sob neblina densa
Somente repensa...
Somente repensa...
As nuvens brancas
vão se separando
vão me deixando
E sobre mim, eu observo
que está um céu azul claro
digno de um dia ensolarado
digno de um sorriso tão calmo
quanto o olhar do cão abandonado
que me olha no outro lado da rua
Nada serve por enquanto
Longe estou de Deus
Nada é bom assim
Devagar eu sigo calada
recusando tudo que chega a mim
Meus erros atropelaram-me
Meus próprios desejos esmagaram-me
Debaixo do grilhão triturador do Mal
minhas vontades extremas jogaram-me
Onde está agora minha cabeça?
E minhas mãos, onde estão?
Meu corpo foi multilado
e queimado numa grande procissão
Não encontro mais meus membros
Vejo uma grande distorção
enquanto o incenso das minhas cinzas sobem...
Amarga restou minha alma
Suas ânsias não foram queimadas
Queria fazer surgir uma porta
Uma chave, talvez
Quero sair daqui, desse lixo
que criei usando meus próprios meios...
Esvai-se desvairada minha vida
voando como borboletas pequenas e negras
Meu rosto desenha uma expressão neutra
sem sorrisos ou lágrimas
Morrendo em vida, nada sou
Morta em vida, nada serei

Vim do pó e a Ele tornarei.