
Eu vejo tantos sorrisos tão patéticos que vomitar anseio. São desejos de auto-libertação falsos que prendem os alvos sem ação. São mentiras contadas com ar de verdade. São gritos que trazem meu silencio.
Parece normal rir da desgraça alheia... Quem poderia dizer que não, se isso é o que todos fazem? Quem poderia protestar comigo, se todos aceitam o escárnio?
Eu vejo rostos bonitos, emoldurados por cabelos charmosos. Vejo corpos diluindo-se em plena destreza sensual. Vejo olhos atentos aos acontecimentos estrondosos. Vejo mentes esmagadas, atrofiadas por ídolos que tomam espaço em excesso nas cadeias cerebrais. Vejo ouvidos sedentos por músicas simplórias juntamente com elogios extasiados.
Eu não sei, talvez esteja louca como dizem.
Apenas não me enquandro nesse atual museu de velharias ideológicas, pelo menos, não mais.
Sinto nojo.